Após derrota, Marçal desiste da prefeitura e mira cargo executivo em 2026; entenda

Atualizado em 7 de outubro de 2024 às 7:33
Pablo Marçal (PRTB) em entrevista a jornalistas após derrota nas eleição em SP; ele disse que não irá mais disputar a Prefeitura da capital. Foto: reprodução

O empresário Pablo Marçal (PRTB), que terminou em terceiro lugar e ficou fora do segundo turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo, afirmou neste domingo (6) que não se considera derrotado, mas não pretende mais tentar a prefeitura da capital paulista.

Marçal, que obteve 1.179.274 votos (28,14%), ficou atrás do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e do deputado Guilherme Boulos (PSOL). Ele deu as declarações em frente à sua casa no Jardim Europa, bairro nobre de São Paulo.

Marçal comentou que pretende buscar um cargo no Executivo em 2026, mas apenas para o governo do estado ou a Presidência. “Vocês não vão me ver disputar a Prefeitura de São Paulo nunca mais. Vocês não vão me ver disputando Legislativo, então só tem dois caminhos: um governo do estado ou a questão da Presidência do Brasil”, declarou.

Sobre possíveis apoios no segundo turno, Marçal ressaltou que isso dependerá de Nunes aceitar incluir algumas de suas propostas. “Tomara que o Ricardo leve em consideração algumas das nossas propostas, porque o eleitorado dele é exatamente do tamanho do meu eleitorado, espero que ele leve em consideração”, afirmou.

O ex-coach também admitiu que usou estratégias extremas para se tornar conhecido e avançar na eleição, mas prometeu uma abordagem diferente em futuras campanhas. “Com certeza, numa próxima eleição, eu vou ter um comportamento completamente diferente”, disse Marçal.

Inelegível?

Apesar de suas intenções para 2026, Marçal pode enfrentar problemas judiciais que podem torná-lo inelegível. O empresário possui quatro potenciais obstáculos legais a serem resolvidos nos próximos anos.

O mais recente envolve a divulgação de um laudo médico falso para associar Guilherme Boulos ao uso de drogas, o que levou a Justiça Eleitoral de São Paulo a ordenar a remoção de seu perfil no Instagram após a publicação do documento forjado.

Além desse, Marçal também responde a outros processos que ameaçam sua candidatura futura. Um deles é sobre o suposto pagamento a seguidores para compartilhar seus vídeos nas redes sociais, uma das ações mais avançadas.

Outra questão tramita no TSE, contestando a escolha de Marçal como candidato pelo PRTB, levantando dúvidas sobre a decisão da comissão provisória do partido em São Paulo que aprovou sua candidatura.

Ainda há uma investigação referente ao caso que deu projeção nacional a Marçal no início de 2022, quando ele conduziu um grupo de seguidores em um desafio na Serra da Mantiqueira. Esse episódio continua sob análise e pode ser mais um obstáculo em seu caminho político.