
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, usou uma reportagem do DCM para criticar duramente a decisão do desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), que concedeu prisão domiciliar ao ex-policial penal Jorge Guaranho, condenado a 20 anos de reclusão em regime fechado pelo assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda.
“O desembargador Gamaliel Seme Scaff, que tirou da cadeia o assassino de Marcelo Arruda para deixá-lo cumprir pena em casa, não tem isenção para decidir sobre um crime com motivação política”, escreveu a deputada neste sábado (15/2) em publicação nas redes sociais.
Na postagem, a presidente do PT não só condenou o fato de o desembargador ser seguidor das redes golpistas do bolsonarismo, como foi além. “E já atacou o STF para defender o bolsonarista foragido Osvaldo Eustáquio”, acusou. A petista também classificou a decisão como um tapa na cara da Justiça.
“Livrá-lo da pena 24 horas depois, como fez o desembargador Scaff, não tem nada a ver com questões humanitárias”, completou.
O desembargador Gamaliel Seme Scaff, que tirou da cadeia o assassino de Marcelo Arruda para deixá-lo cumprir pena em casa, não tem isenção para decidir sobre um crime com motivação política. Reportagem do DCM mostra que ele é seguidor das redes de Bolsonaro, Michele, Zambeli e…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 15, 2025
DCM alertou para conduta de desembargador

Na reportagem publicada na sexta-feira (14), o DCM revelou que Scaff exibe, nas redes, alinhamento claro com a extrema direita brasileira.
O desembargador, em 2022, como mostra o texto, saiu em defesa do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, comentando uma publicação do site ‘Jornal da Cidade Online’ sobre Sandra Terena, mulher do extremista.
Além disso, o site também revelou que, no Instagram, Gamaliel segue os perfis de Jair e Michelle Bolsonaro, assim como dos deputados federais Carla Zambelli e Pastor Marco Feliciano.
Um dos fatores que chamou a chamou a atenção é que a decisão em caráter liminar de Scaff foi publicada na sexta, apenas um dia após Guaranho ter sido sentenciado.
O magistrado alegou que o bolsonarista “continua debilitado e com dificuldades de locomoção” em razão das lesões sofridas no dia do crime.
A medida reverteu uma decisão anterior e restabeleceu a prisão domiciliar, impondo tornozeleira eletrônica e a obrigação de o ex-policial informar deslocamentos para tratamento médico.
“É um tapa na cara da Justiça”, concluiu a presidente nacional do PT após tomar conhecimento por meio do DCM sobre a conduta do magistrado.
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