Após nova perícia, polícia informa a causa da morte de Juliana Marins

Atualizado em 8 de julho de 2025 às 22:38
publicitária Juliana Marins de óculos escuros e bandana, olhando para a câmera, sorrindo
A publicitária Juliana Marins – Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, faleceu devido a múltiplos traumas resultantes de uma queda de altura. De acordo com o laudo pericial do Instituto Médico-Legal (IML), a causa imediata da morte foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo, indicativos de um impacto de alta energia cinética.

A estimativa é de que Juliana tenha sobrevivido no máximo 15 minutos após a queda fatal, sem qualquer sobrevida prolongada.

Os peritos destacaram que, apesar de a causa da morte ser definida como os ferimentos letais de curta duração, não se pode descartar a possibilidade de sofrimento físico e psíquico antes do óbito. “Pode ter havido um período agonal antes da queda fatal, gerando sofrimento físico e psíquico, com intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico ao trauma”, afirmou o laudo.

O exame também revelou que, embora a morte tenha sido causada pelos ferimentos da queda, não há evidências de quedas adicionais. As lesões observadas são compatíveis com um único impacto de grande intensidade que afetou órgãos vitais e estruturas como crânio, tórax, abdome, pelve, membros e coluna.

Apesar de não ter sido detectada violência física anterior à queda, marcas indicam que o corpo foi deslocado após o impacto, possivelmente devido à inclinação do terreno.

Embora o laudo do IML brasileiro não tenha especificado a hora exata da morte devido ao estado do corpo quando chegou ao Instituto, uma perícia anterior realizada na Indonésia sugeriu que Juliana faleceu cerca de 20 minutos após a queda, sem indícios de hipotermia.

O corpo foi encontrado quatro dias depois do acidente durante uma trilha no país asiático. A nova perícia, solicitada pela família, não descartou a possibilidade de que o isolamento, o estresse extremo e o ambiente hostil contribuíram para a desorientação de Juliana, o que pode ter dificultado sua capacidade de tomar decisões antes da queda.

Os peritos também foram questionados sobre a importância de atendimento médico imediato após o acidente. Em resposta, informaram que as condições do corpo dificultam uma avaliação conclusiva sobre o impacto da ausência de socorro imediato.

A família de Juliana solicitou uma nova perícia à Justiça brasileira. Além da Polícia Civil, um perito particular acompanhou o processo. Inicialmente, o corpo seria cremado, mas a família optou por preservá-lo para uma nova análise.