O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), detonou a Enel após novos apagões e defendeu que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não renove o seu contrato, que acaba em 2028, para concessão de energia. Ele seguiu o tom do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), que chamou a empresa de “irresponsável” e afirmou que ela “tem que sair da cidade”.
“A gente não pode ter uma empresa que a cada chuva deixa o paulistano na mão. São eventos climáticos que acontecem, a gente não vê uma preparação da empresa, não houve cuidado devido da manutenção”, afirmou Tarcísio nesta terça (16) durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
Nunes havia pedido o cancelamento do contrato da Aneel com a Enel após os apagões que deixaram a capital e a Região Metropolitana de São Paulo sem energia em novembro de 2023. Tarcísio apoiou a decisão após o problema se repetir com as fortes chuvas da última semana.
“A gente conversou com a Aneel diversas vezes, nós fizemos reunião com o conselho e com o CEO da Enel, nós colocamos a nossa angústia, nossa preocupação com esse problema na prestação de serviços”, prosseguiu o governador.
Tarcísio lembra que a energia é um “recurso essencial” e que sua falta tem afetado a população. “A gente precisa de uma providência enérgica e imediata, e é fundamental que a gente pense também o futuro. Tendo em vista que estes contratos estão chegando ao fim, como serão os novos contratos, para que tipo de concessionária”, completa.
Segundo o prefeito da capital, a Enel não cumpriu com o plano de contingência estabelecido pela Justiça após os apagões do ano passado. Ele ainda prometeu buscar judicialmente formas de fiscalizar melhor o trabalho da empresa.