
A cirurgia autorizada para o ex-presidente Jair Bolsonaro será realizada em caráter eletivo, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O procedimento foi liberado nesta sexta-feira (19), com base em laudo médico oficial anexado aos autos.
No jargão médico, uma cirurgia eletiva é aquela que não exige realização imediata para evitar risco iminente à vida ou agravamento súbito do quadro clínico. Esse tipo de procedimento pode ser planejado com antecedência, incluindo definição de data, logística e equipe médica.
De acordo com a perícia da Polícia Federal, Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral. O documento informa que há possibilidade de tratamento conservador, mas que a intervenção cirúrgica é recomendada pela maioria dos cirurgiões, sem caracterização de urgência ou emergência.

A decisão de Moraes estabelece que a defesa deverá informar a programação e a data pretendida para a cirurgia. Após essa manifestação, os autos serão encaminhados à Procuradoria-Geral da República para parecer no prazo de 24 horas.
Além de autorizar o procedimento eletivo, o ministro manteve Bolsonaro sob custódia na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. Moraes também determinou que a Polícia Federal garanta assistência médica, com profissionais de plantão e eventual transporte em caso de necessidade.
O magistrado ressaltou ainda que, por se tratar de cirurgia eletiva, não há impedimento para que o procedimento seja organizado dentro das regras administrativas da unidade onde o ex-presidente cumpre pena, mantendo-se as condições de segurança e acompanhamento médico previstas.