Após redução sob Bolsonaro, reservas internacionais crescem no 1º ano de Lula

Atualizado em 31 de janeiro de 2024 às 6:45
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Reprodução)

As reservas internacionais do Brasil experimentaram um crescimento no primeiro ano da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atingindo a marca de US$ 355 bilhões em 2023, nível mais alto desde março de 2022, o que representa um aumento significativo em comparação ao período anterior sob a administração de Jair Bolsonaro (PL).

Na gestão de Bolsonaro, o então ministro Paulo Guedes (Economia) defendeu em diferentes momentos a venda de reservas internacionais. Em novembro de 2020, o chefe da equipe econômica disse que a medida era uma opção do governo para reduzir o endividamento público.

“A dívida tem que cair, e a maneira de fazer isso é vender ativos, privatizar, desalavancar bancos públicos, reduzir déficit interno e até vender um pouco de reservas”, disse Guedes na época.

Fatores positivos

O avanço no governo petista foi impulsionado por diversos fatores, incluindo o fluxo cambial positivo, que registrou a maior entrada líquida desde 2012, e a receita proveniente dos juros dos títulos nos quais as reservas brasileiras estão aplicadas, com destaque para os Treasuries dos Estados Unidos.

Além disso, contribuíram para esse aumento a menor intervenção do Banco Central no mercado de câmbio, que não realizou leilões extras de dólar ao longo de 2023 pela primeira vez em 24 anos, e os movimentos nas curvas de juros que impactaram positivamente os preços dos ativos.

Cédulas de dólares. (Foto: Reprodução)

As reservas internacionais desempenham um papel fundamental como um colchão de segurança para o país contra choques externos, como crises cambiais ou fugas de capital, fornecendo estabilidade ao mercado financeiro em períodos de instabilidade global.

Esses ativos são resultado da política cambial executada pelo Banco Central e consistem em uma reserva em moeda estrangeira, que é utilizada para manter a funcionalidade do mercado de câmbio e garantir a estabilidade econômica, principalmente em cenários de crise.

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