Após resposta a Trump, Hamas confirma ida ao Egito para novas negociações

Atualizado em 4 de outubro de 2025 às 13:02
Líderes do Hamas em entrevista coletiva. Foto: reprodução

Uma delegação do Hamas deve chegar neste sábado (4) ao Cairo, no Egito, para dar continuidade às negociações de paz mediadas por países árabes. A informação foi confirmada à CNN por um alto funcionário do grupo palestino, um dia após a resposta oficial à proposta apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na sexta-feira (3), o Hamas anunciou que concordou, em princípio, com a libertação de todos os reféns em troca de garantias humanitárias e políticas para a Faixa de Gaza. Em mensagem enviada aos mediadores do Catar, o grupo expressou disposição para negociar os detalhes do acordo e reiterou que o objetivo é pôr fim ao que chamou de “genocídio contra o povo palestino”.

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump olhando para o lado, sério
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump – Reprodução

Segundo o comunicado, a decisão foi tomada após consultas com diferentes facções palestinas e intermediários regionais. O Hamas destacou ainda que está pronto para discutir mecanismos de cessar-fogo e reconstrução da Faixa de Gaza, além de medidas para estabilizar a região após meses de conflito intenso.

O movimento afirmou também que apoia a criação de um órgão palestino independente, formado por tecnocratas, para administrar Gaza. Essa entidade teria base em um consenso nacional e contaria com apoio político e financeiro de países árabes e islâmicos. O objetivo seria restaurar a governança civil e preparar o terreno para futuras eleições palestinas.

Fontes diplomáticas no Oriente Médio afirmam que o Egito e o Catar continuam atuando como mediadores centrais entre o Hamas, Israel e os Estados Unidos. As discussões no Cairo devem focar em garantias de segurança, troca de prisioneiros e no início da implementação da primeira fase do plano de paz proposto por Washington.

O governo israelense, por sua vez, já declarou estar preparado para a “implementação imediata” da primeira etapa do acordo, que inclui um cessar-fogo temporário e abertura de corredores humanitários. As negociações seguem em curso, e ainda não há previsão de assinatura formal de um documento.