Após se tornar réu, Moro se diz perseguido e considera ação do PT “risível”

Atualizado em 24 de maio de 2022 às 10:39
Foto d eSergio Moro com os braços na altura dos ombros. Ele está sentado e faz sinal de desentendimento.
Partido avalia que Sergio Moro tenha cerca de 3 milhões de votos. Foto: Evaristo Sa/AFP

O ex-juiz Sergio Moro chamou de “risível” a ação popular, protocolada por deputados petistas na Justiça Federal, acusando-o de utilizar a operação para perseguir e desmoralizar os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e contribuir para eleger Jair Bolsonaro, de quem ele depois virou ministro da Justiça.

Nesta terça-feira (24), ele se tornou réu no processo, que tramita na 2ª Vara Federal Cível de Brasília, e aponta que a Lava Jato, por meio da atuação de Moro, causou desemprego e prejuízos enormes ao país.

“A ação popular proposta por membros do PT contra mim é risível. Assim que citado, me defenderei. A decisão do juiz de citar-me não envolve qualquer juízo de valor sobre a ação”, disse o ex-ministro em nota. Difícil entender do que ele estaria rindo.

“Todo mundo sabe que o que prejudica a economia é a corrupção e não o combate a ela. A inversão de valores é completa: Em 2022, o PT quer, como disse Geraldo Alckmin, não só voltar à cena do crime, mas também culpar aqueles que se opuseram aos esquemas de corrupção da era petista”, completou.

A ação do PT foi acatada pelo juiz federal Charles Renaud Frazão de Morais. “Cite-se o réu”, escreveu em seu despacho, dando prosseguimento ao processo. Agora, o MPF (Ministério Público Federal) será intimado para ter “ciência da demanda”.

O advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, assina a peça contra Moro é assinada. A iniciativa da ação foi tomada pelos deputados petistas Rui Falcão (SP), Erika Kokay (DF), Natália Bonavides (RN), José Guimarães (CE) e Paulo Pimenta (RS).