
A nova pesquisa Pulso Brasil-Ipespe, realizada entre 19 e 22 de setembro, mostra que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu de 43% para 50%, enquanto a desaprovação caiu de 51% para 48%.
Segundo o levantamento, a aprovação é ampla entre os eleitores de esquerda, chegando a 95%. Entre os que se identificam como de centro, 49% aprovam a gestão de Lula, superando os 45% que desaprovam. Já no eleitorado de direita, o cenário é oposto: 88% desaprovam e apenas 10% aprovam.
Na análise por classes sociais, o governo tem melhor avaliação entre os pobres (52%) e a classe média (51%). Entre os mais ricos, a desaprovação chega a 84%.
STF ganha apoio após julgamento de Bolsonaro
A pesquisa também aponta que a aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) cresceu de 43% para 46% após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros envolvidos na trama golpista. A desaprovação caiu de 49% para 45% em relação ao levantamento anterior.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 93% desaprovam a Corte e apenas 2% aprovam. Já entre os que apoiam Lula, a aprovação chega a 87%, enquanto 6% desaprovam.

Câmara tem desgaste com PEC da Blindagem
Em contrapartida, a Câmara dos Deputados registrou piora em sua imagem. A desaprovação subiu de 63% para 70%, enquanto a aprovação caiu de 24% para 18%.
De acordo com o cientista político Antonio Lavareda, que coordena a pesquisa, a PEC da Blindagem e o motim realizado por bolsonaristas após a condenação de Bolsonaro provocaram um “desgaste significativo” na imagem da Casa.
Mesmo entre eleitores de Bolsonaro, a avaliação negativa da Câmara atinge 59%, contra 24% de aprovação. Entre os de direita, os índices são semelhantes: 58% desaprovam e 28% aprovam. Já entre os eleitores de Lula, a rejeição chega a 77%, enquanto apenas 16% aprovam a atuação dos deputados.
Senado mantém estabilidade
O Senado apresentou uma leve melhora: a aprovação oscilou de 25% para 26%, e a desaprovação caiu de 61% para 59%, variação dentro da margem de erro.
A pesquisa contou 2.500 entrevistados e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.