Aras avalia mudança de estratégia sobre permanência na PGR; entenda

Atualizado em 29 de julho de 2023 às 11:50
Procurador-geral da República, Augusto Aras. Foto: Reprodução

O procurador-geral da República, Augusto Aras, está reavaliando sua estratégia para tentar ser reconduzido ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). Nos últimos meses, Aras vinha contando com o apoio de uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT), liderada pelo senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa, para garantir sua permanência no cargo.

Entretanto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem mostrado resistência em apoiar a recondução de Aras, devido à sua postura considerada leniente em relação à conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia.

Diante dessa situação, o procurador-geral sinalizou aos seus aliados que o mês de agosto será crucial para definir sua estratégia. Ele precisa decidir se continuará na campanha para se manter na cadeira da PGR ou se trabalhará para emplacar um aliado como seu sucessor. A escolha visa protegê-lo de possíveis problemas que possam ser atribuídos a ele quando deixar o cargo.

Caso opte pela segunda opção, Aras deve apoiar o nome do subprocurador Carlos Frederico Santos, responsável pelo inquérito dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.

Carlos Frederico Santos, subprocurador. Foto: SECOM TSE

Em uma entrevista ao colunista Guilherme Amado, do site “Metrópoles”, Carlos Frederico demonstrou atitude de candidato à vaga. Ele elogiou a postura de Aras, mencionou exemplos de procuradores que permaneceram no cargo por seis a oito anos, criticou a Lava-Jato e o ex-PGR Rodrigo Janot e destacou seu interesse em contribuir para o cargo de procurador-geral. “A maioria dos subprocuradores-gerais da República tem interesse em ser PGR e eu gostaria de deixar minha contribuição”, disse.

No entanto, Carlos Frederico também ponderou sobre a complexidade do processo de escolha, destacando que há uma grande distância entre o desejo de ser escolhido e ser efetivamente nomeado para o cargo: “entre o querer, o ser escolhido e o poder (ser escolhido) há um espaço muito grande”.

O cenário atual coloca Augusto Aras diante de decisões importantes para o futuro de sua atuação à frente da PGR, enquanto o país observa de perto os desdobramentos dessa movimentação política.

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