Aras defende “liberdade de expressão” de Roberto Jefferson, mas processa professor que o chamou de “poste”

Atualizado em 13 de agosto de 2021 às 16:46
Bolsonaro e Aras

O procurador-geral da República, Augusto Aras, divulgou nota para defender o delinquente Roberto Jefferson. 

Segundo Aras, a prisão ordenada por Alexandre de Moraes, do STF, é um erro porque representa “censura prévia à liberdade de expressão, o que é vedado pela Constituição Federal”.

“A PGR não contribuirá para ampliar o clima de polarização que, atualmente, atinge o país, independentemente de onde partam e de quem gere os fatos ou narrativas que alimentam os conflitos”, diz o comunicado.

O presidente do PTB tem xingado e ameaçado ministros do Supremo reiteradamente. Num vídeo recente, afirmou que não haverá eleição em 2022 se o voto não for impresso.

Pouco antes de ir em cana, chamou Alexandre de Moraes e “cachorro” e “bundão” e Barroso de “pederasta”. Está sempre armado nos vídeos.

Aras é seletivo.  

Em maio, abriu um processo contra o professor Conrado Hübner Mendes, que o chamou de “poste-geral da República” e “um servo do presidente” no Twitter. 

Mendes, que leciona Direito na USP, foi acusado dos crimes de calúnia, injúria e difamação.