Aras diz que é “prioridade” investigar denúncia de estupro em aldeia

Atualizado em 5 de maio de 2022 às 19:45
Aras diz que é "prioridade" investigar denúncia de estupro em aldeia
Augusto Aras, procurador-geral da República
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse em nota nesta quinta-feira (5) que tem acompanhado a investigação sobre a denúncia de que uma menina yanomami de 12 anos foi estuprada e morta por garimpeiros.

“Esclarecer o que realmente aconteceu nesse caso é uma prioridade para o MPF. Todas as providências estão sendo adotadas para que, não apenas os indígenas, mas toda a sociedade receba essas respostas”, afirma Aras.

O Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY) denunciou na noite do dia 25 o ocorrido com a menina. Dois dias depois, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) foram com a Funai e o Condisi-YY até região do Waikás para apurar o caso. Mas, ao retornarem, disseram não ter encontrado indícios do crime.

Em Aracaça, onde e menina vivia, não havia ninguém e a comunidade estava queimada, segundo informou o presidente do Condisi-YY, Junior Hekurari Yanomami, após o retorno da comitiva.

A Procuradoria-Geral da República afirma, em nota, que a investigação sobre o desaparecimento da comunidade é acompanhado por Aras em conjunto com a coordenadora da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (6CCR/MPF), Eliana Torelly.

“Informações referentes aos desdobramentos do caso têm sido repassadas diariamente à 6CCR, que, juntamente com o procurador-geral, atua para, por exemplo, garantir as medidas e os recursos necessários para viabilizar o trabalho de apuração”, destaca a PGR.

A PGR diz também que tem o compromisso de “apurar os fatos com rigor” e ressaltou a “importância de serem respeitados os procedimentos e etapas da investigação oficial, única via capaz de assegurar a elucidação do caso”.

“Eles [procurador-geral e a coordenadora] ressaltam a complexidade desse trabalho em função de aspectos como a localização remota, as dificuldades de acesso, a dimensão da área envolvida e características culturais da etnia e de povos de recém-contato”.

O caso ganhou repercussão nacional e tem gerado grande mobilização nas redes sociais com o questionamento “CADÊ OS YANOMAMI”.

Clique aqui para se inscrever no curso do DCM em parceria com o Instituto Cultiva

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link