Destaques

Aras diz que é “prioridade” investigar denúncia de estupro em aldeia

Augusto Aras, procurador-geral da República
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse em nota nesta quinta-feira (5) que tem acompanhado a investigação sobre a denúncia de que uma menina yanomami de 12 anos foi estuprada e morta por garimpeiros.

“Esclarecer o que realmente aconteceu nesse caso é uma prioridade para o MPF. Todas as providências estão sendo adotadas para que, não apenas os indígenas, mas toda a sociedade receba essas respostas”, afirma Aras.

O Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY) denunciou na noite do dia 25 o ocorrido com a menina. Dois dias depois, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) foram com a Funai e o Condisi-YY até região do Waikás para apurar o caso. Mas, ao retornarem, disseram não ter encontrado indícios do crime.

Em Aracaça, onde e menina vivia, não havia ninguém e a comunidade estava queimada, segundo informou o presidente do Condisi-YY, Junior Hekurari Yanomami, após o retorno da comitiva.

A Procuradoria-Geral da República afirma, em nota, que a investigação sobre o desaparecimento da comunidade é acompanhado por Aras em conjunto com a coordenadora da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (6CCR/MPF), Eliana Torelly.

“Informações referentes aos desdobramentos do caso têm sido repassadas diariamente à 6CCR, que, juntamente com o procurador-geral, atua para, por exemplo, garantir as medidas e os recursos necessários para viabilizar o trabalho de apuração”, destaca a PGR.

A PGR diz também que tem o compromisso de “apurar os fatos com rigor” e ressaltou a “importância de serem respeitados os procedimentos e etapas da investigação oficial, única via capaz de assegurar a elucidação do caso”.

“Eles [procurador-geral e a coordenadora] ressaltam a complexidade desse trabalho em função de aspectos como a localização remota, as dificuldades de acesso, a dimensão da área envolvida e características culturais da etnia e de povos de recém-contato”.

O caso ganhou repercussão nacional e tem gerado grande mobilização nas redes sociais com o questionamento “CADÊ OS YANOMAMI”.

Clique aqui para se inscrever no curso do DCM em parceria com o Instituto Cultiva

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link

 

Beatriz Castro

Disqus Comments Loading...
Share
Published by
Beatriz Castro

Recent Posts

Criado há 12 anos, Fundo Nacional para Calamidades nunca funcionou

O Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap), criado em 1969, nunca…

1 hora ago

Ex-usuários da Cracolândia vão à Roma conhecer Papa Francisco

Ricardo Frugoli, gastrólogo e professor, não se vê como padre ou pastor, mas como um…

2 horas ago

Forças armadas do Irã têm ordem de se mobilizar; quem assume se presidente morrer

Mohammad Bagheri, chefe de gabinete das forças armadas iranianas, emitiu uma ordem para que todo…

2 horas ago

Pimenta explica tática da extrema direita para desacreditar ações do governo no RS

Em entrevista coletiva concedida ao DCM TV e outros canais progressistas, o ministro Paulo Pimenta…

2 horas ago

Governo vê em Arthur Lira um obstáculo para aprovação do PL das Fake News

O governo Lula está pessimista quanto à aprovação do Projeto de Lei (PL) das Fake…

3 horas ago

Pimenta defende sua indicação para liderar reconstrução do RS: “Trânsito político”

O ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio…

3 horas ago