
A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a quebra de sigilo bancária do tenente coronel Mauro Cid, principal ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal).
O ministro ignorou o órgão comandado por Augusto Aras e levou adiante a diligência, atendendo a um pedido da Polícia Federal. A PF propôs a medida para rastrear transações financeiras feitas no gabinete de Bolsonaro, levantadas a partir de mensagens recuperadas de um telefone do ajudante de ordens. Com informações da Folha.
O tenente coronel trocou conversas por escrito, fotos e áudios com funcionários da Presidência. Os diálogos sugerem a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro. O material analisado pela PF indica que as movimentações se destinavam a pagar contas pessoais do clã presidencial e também de pessoas próximas de Michelle Bolsonaro.
A assessoria da Presidência afirmou que as transações não têm origem em dinheiro público e que saques foram feitos, em vez de transferências bancárias, por questão de segurança. “Todos os recursos não têm origem no suprimento de fundos [cartão corporativo]. O presidente nunca sacou um só centavo desse cartão corporativo pessoal. O mesmo está zerado desde janeiro de 2019”, disse. “Os saques foram feitos na conta do presidente”.