O novo Relatório Anual de Desmatamento (RAD 2022) do MapBiomas mostrou que durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram desmatados 6 milhões de hectares, o que equivale ao tamanho de um estado do Rio de Janeiro e meio.
Já no ano passado, foram desmatados, na soma dos alertas em todos os biomas do país, 2 milhões de hectares: aumento de 22,3% sobre o resultado do ano anterior. Os dados apontam que, apesar da alta do garimpo, a agropecuária foi responsável por 95% do desmatamento, e em 99% dos casos havia indícios de ilegalidade.
De acordo com o relatório, que teve os primeiros dados publicados em 2019, o desmatamento aumentou em cinco dos seis biomas brasileiros (a exceção foi a Mata Atlântica). Vale destacar que 90% da área desmatada estava na Amazônia (58%) e no Cerrado (32,1%)
Entre as unidades federativas, o Pará ficou mais uma vez com a liderança de desmatamento. O estado teve 22,2% da área desmatada no país (456.702 ha). Em seguida, aparece o Amazonas, com 13,33% (274.184 ha). Já o Mato Grosso, Bahia e Maranhão, concentraram, juntos, dois terços (66%) de todo o desmatamento no país no último ano.
Além disso, comunidades remanescentes de quilombos e terras indígenas permanecem como os territórios mais preservados do Brasil. Desmatamentos nestas terras representam cerca de 1,4% da área total desmatada no Brasil em 2022.
Segundo o Mapbiomas, as atividades garimpeiras foram responsáveis por um desmatamento de 5.965 hectares no ano passado. Mesmo assim, ficou bem abaixo da agropecuária, que foi o vetor responsável por 1.9 milhões de hectares desmatados, o que corresponde a 95.7% do total registrado no país.