Argentina pune general assassino com prisão perpétua. Já o Brasil… Por Moisés Mendes

Atualizado em 13 de abril de 2019 às 12:39

Publicado originalmente no Blog do Moisés Mendes

General Alfredo Arrillaga. Foto: El Atlantico.

POR MOISÉS MENDES

Condenaram um general pela morte de um prisioneiro político. O general tem 85 anos e ficará na cadeia até morrer.

Prisão perpétua pelo assassinato do militante de esquerda José Diaz, em 1989.

O general chama-se Alfredo Arrillaga e cometeu o crime em tempos de democracia. Foi condenado hoje. Em Buenos Aires, é claro.

O general foi condenado no dia em que o governo americano entregou aos argentinos, nos Arquivos Nacionais de Washington, uma caixa selada com seis discos rígidos.

São cópias de milhares de documentos sobre a ditadura argentina e o envolvimento americano nas crueldades que os militares cometeram de 1976 a 1983.

Os documentos servirão de subsídios e provas para que os argentinos continuem processando os cúmplices dos ditadores.

Todos os ditadores argentinos e altos e baixos oficiais envolvidos em mortes, desaparecimentos, torturas, sequestro de filhos de presos políticos e outros crimes foram condenados. Todos os que foram a julgamento, até o último ditador, Reynaldo Bignone.

E no Brasil? No Brasil está tudo bem.