Arhur ‘Mamãe Falei’ precisa responder na Justiça pela difamação e incitação à violência contra Padre Júlio Lancelotti

Atualizado em 15 de setembro de 2020 às 17:00

https://twitter.com/pejulio/status/1305870054748233730

Só um país de cabeça para baixo poderia produzir aberrações como essa: um covarde rematado, que virou político correndo de manifestantes e pedindo colo da PM, ataca um padre cuja obra é dedicada aos miseráveis.

Eis o crime de Júlio Lancellotti, que atua junto à população em situação de rua em São Paulo.

Num vídeo, ele denuncia ter sido alvo de mais uma ameaça.

Um motoqueiro o intimidou enquanto trabalhava em uma praça da Mooca.

“Padre filho da puta que defende noia!”, gritou o sujeito.

O homem estava emulando a canalhice de Arthur “Mamãe Falei” do Val, fascista do MBL que é candidato a prefeito.

“Depois de ataques de alguns candidatos à prefeitura contra mim, eu estou cada vez mais em risco. Se me acontecer alguma coisa, se alguém me atingir, vocês sabem de quem é a culpa, quem cobrar”, diz o sacerdote na gravação.

Arthur elegeu Lancelotti seu alvo primordial. Em suas redes, ele se dedica a espicaçar Lancelotti.

Promete “desmascarar” o adversário.

“Até quando esse cafetão da miséria vai achar que é dono da verdade enquanto milhares de brasileiros sofrem com a cracolândia?”, diz.

Mamãe Falei se incomoda com as críticas de Júlio à polícia. Mais do que isso, o que o incomoda é uma visão de mundo.

“Ofereceram escolta, mas eu não quero. Como vou ser escoltado por PMs e trabalhar com a população de rua com gente da tropa que os ataca?”, questionou Lancelotti à Ponte Jornalismo.

“Se eles [os pobres] têm casa, têm comida, eu estou protegido”.

O deputado está incitando o crime contra um cidadão que cuida dos desvalidos. Está no Código Penal que a pena prevista é detenção, de três a seis meses, ou multa.

Precisa ser contido antes que o pior aconteça.

Um fanfarrão supostamente “liberal” alçado a cargo público num país doente.

Defender o Padre Júlio de biltres amorais como Mamãe Falei é dever dos verdadeiros cidadãos de bem paulistanos.

E isso passa, obrigatoriamente, por não tolerar a intolerância.

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