
Élcio Queiroz afirmou que a arma usada no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes pertencia ao Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). O armamento era uma metralhadora MP5 e teria sido dada a ele por Ronnie Lessa, acusado de ser o responsável pelos disparos contra a vereadora. A informação é do UOL.
Ele relatou, em delação, que a metralhadora teria sumido de um paiol do Bope após acidente. “Houve um incêndio no Batalhão de Operações Especiais, no paiol, e essa arma foi extraviada. Essa e outras armas foram extravidas nesse incênio aí e essa arma ficou com uma pessoa que eu não sei quem é. Essa pessoa conseguiu fazer a manutenção dela e vendeu pra ele”, contou.
O ex-PM alega não saber como Lessa conseguiu a arma. “Imagino que possa ser alguém que estava na ativa, na época do incêndio no paiol”, prosseguiu. Ele ainda alegou que a arma não foi comprada para ser usada no assassinato, mas não soube apontar a data em que ela foi adquirida.
A arma ainda não foi encontrada, mais de cinco anos após o crime. Élcio disse que Lessa deixou a submetralhadora com um amigo policial. “Quando estávamos presos ele me falou que tinha receio, porque havia ‘umas coisinhas’ dele, conforme ele falou, com o amigo policial, o que me leva a crer que, diante do ‘carinho’ que ele tinha pela arma e a forma que ele falou, “coisinha” poderia ser a arma”, afirmou.
Antes disso, o colega teria dito que havia “picado” a arma e jogado no fundo do mar na Barra da Tijuca, em “uma parte que dá 30 metros”. Élcio alegou que não acredita na versão por já ter visto Lessa mexendo em um silenciador compatível com o que foi utilizado na submetralhadora.