A Arquidiocese de São Paulo informou nesta segunda-feira (5) que irá abrir uma investigação após ter tomado conhecimento de um “suposto novo fato de abuso sexual” envolvendo o padre Júlio Lancellotti. Com informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
“A recente divulgação de laudos periciais com resultados contraditórios e a notícia de um suposto novo fato de abuso sexual envolvendo o referido sacerdote requerem uma nova investigação da parte da Arquidiocese para a busca da verdade”, afirmou a Arquidiocese em nota.
O religioso é alvo da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das ONGs, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), e de denúncias de teor sexual.
O presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União Brasil), já disse ter recebido acusações “de extrema gravidade” e que iria levá-las ao Vaticano. Entretanto, Leite jamais revelou publicamente os detalhes das acusações nem apresentou provas.
A Arquidiocese ainda esclareceu que não arquivou denúncias sobre o tema, diferentemente do que foi inferido de uma nota divulgada em 23 de janeiro.
Na ocasião, a autoridade católica explicou que recebeu um vídeo em 2020 e, após uma investigação liderada pela Cúria Metropolitana de São Paulo, não obteve “convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia”. Sendo assim, optou pelo arquivamento, decisão também corroborada pelo Ministério Público de São Paulo na época.
Segundo a Arquidiocese, o vídeo analisado quatro anos atrás seria o mesmo que voltou a circular nas redes sociais neste ano. A nova investigação irá se concentrar nos laudos periciais e no “suposto novo fato de abuso sexual” relacionados ao padre.
“Não houve e não há arquivamento dessa atual denúncia, e a Arquidiocese segue atenta aos ulteriores elementos sobre os fatos denunciados e a toda investigação séria, fazendo o que lhe compete conforme a norma da Igreja e investigando o caso na área de sua competência, distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade”, afirmou.