Artigo na Folha defende honestidade militar após corrupção de Pazuello. Por Luis Felipe Miguel

Atualizado em 17 de julho de 2021 às 23:24
Reprodução: Encontro de Pazuello com representantes da World Brands

Originalmente publicado em FACEBOOK

Por Luis Felipe Miguel

A Folha apresenta hoje dois artigos debatendo se militares da ativa devem ocupar cargos políticos.

Joao Roberto Martins Filho responde que não, com argumentos dificilmente refutáveis.

Quem responde que sim é um certo Durval Lourenço Pereira, tenente-coronel do Exército.

O texto é uma janelinha aberta para o bizarro universo mental do oficialato brasileiro.

Fala das “quatro décadas de massiva doutrinação ideológica da população”, referindo-se ao período de crise e superação do regime militar. Denuncia a “agenda ambientalista-globalista” e acena com o fantasma do “socialismo bolivariano”.

Uma frase chama a atenção: “Num país de história recente manchada por escândalos de corrupção, a presença de militares em funções públicas deveria ser até desejável”.

É a tentativa de colocar em ação a velha lenda de que oficiais militares são necessariamente honestos.

Infelizmente para o tenente-coronel, a mesma edição do jornal que publicou seu textinho tem, como manchete principal, a negociata de seu colega de farda Pazuello para comprar vacina superfaturada.