Existem homens imprescindíveis e existe o padre Júlio Lancelotti.
“Lavar as mãos no conflito entre poderosos e despossuídos não significa ser neutro, mas colocar-se ao lado dos poderosos”, disse Paulo Freire.
Coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, Lancelotti quebrou a marretadas nesta terça-feira (2) os blocos de paralelepípedos instalados pela prefeitura na parte inferior de viadutos na Zona Leste da capital.
Essa estupidez higienista é obra do mesmo Bruno Covas que foi ao Maracanã se algomerar com outros idiotas na fina da Libertadores entre Santos e Palmeiras.
Um estafeta levou a culpa e foi, oficialmente, exonerado. “Decisão isolada”, alegou a prefeitura.
Nas redes, o padre manifestou “indignação diante da opressão”, que considerou “inacreditável”.
“A instalação de pedras não impede o descarte de lixo. Se a intenção fosse essa, que fizessem um Ecoponto então, e não deixar com esse aspecto de campo de concentração de Auschwitz”.
Na Bíblia, Paulo escreve a Timóteo, exortando-o a tomar atitude quando necessário.
“Para os que crêem, seja um exemplo na maneira de falar, na maneira de agir, no amor, na fé e na pureza”, afirma.
Entre Covas e o padre Júlio, em quem se deve mirar? Não é preciso pensar muito, graças a Deus.
Com uma marreta na mão, o padre Júlio Lancelotti removeu pedras que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), mandou instalar sob viadutos para impedir que moradores de rua se abrigassem. Padre Júlio é um exemplo de ser humano. pic.twitter.com/z5y7xkTwC6
— Humberto Costa (@senadorhumberto) February 2, 2021