Na tarde desta quarta-feira (5), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) irá prestar depoimento à Polícia Federal (PF) sobre os três conjuntos de joias recebidos da ditadura da Arábia Saudita pelo seu governo. Ele deve responder a duas perguntas principais.
As questões são: se foi ele quem deu a ordem para que funcionários ligados à Presidência tentassem desembaraçar as joias sauditas trazidas ilegalmente ao Brasil, na alfândega de Guarulhos (SP); e qual o destino que ele pretendia dar às peças.
De acordo com informações da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, investigadores envolvidos no caso afirmaram que são essas as questões que vão ajudar a definir qual o papel do ex-capitão no episódio e se ele cometeu algum crime.
A PF, entretanto, não depende das declarações do ex-mandatário para chegar a uma conclusão sobre o caso. Vale destacar também que, se quiser, Bolsonaro tem o direito de ficar calado durante o depoimento. Ele não precisa responder a perguntas que possam incriminá-lo.
Ainda nesta quarta, haverá outras nove pessoas prestando depoimento ao mesmo tempo, no mesmo inquérito. Entre os depoentes, está o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que teria comandado a operação para liberar as peças apreendidas pela Receita Federal.
A investigação apura se o ex-capitão cometeu o crime de peculato ao tentar ficar com os itens, em especial um conjunto de joias avaliado em R$ 16 milhões. O depoimento do ex-chefe do Executivo ocorrerá por volta das 14h30, em Brasília.