Sergio Moro e Jair Bolsonaro se merecem.
Sem o ex-juiz de Curitiba, Jair não seria presidente. Sem a prisão de Lula e o vazamento da delação de Palocci, Bolsonaro não estaria no Planalto.
Eles eram “uma coisa só”, na definição precisa da mulher de Moro. Agora Bolsonaro chama seu pai eleitoral de “judas”.
Milícias fascistas de um e de outro se enfrentam em Curitiba na sede da PF, onde Lula esteve confinado, para acompanhar o depoimento do ex-ministro.
Imbecis de ambos os lados se xingam de “comunistas”. Lula deve estar com a pipoca assistindo a treta.
Moro chegou às 13 horas pelos fundos.
Supostamente vai mostrar o conteúdo do celular com conversas com o ex-chefe. De acordo com a revista Época, ele reuniu um dossiê respeitável.
Estará com um advogado.
Um cidadão de bem tentou agredir jornalistas. Num carro de som, uma apoiadora do presidente atacava o ex-ministro.
“Rato!”, gritava. Moro, dizia, deveria ter achado o mandante da facada no mito.
Os moristas tinham uma faixa com o retrato do ídolo ao lado de Deltan Dallagnol.
Moro é um jurista medíocre e um caráter desprezível, mas não é burro.
Ele sabe que sua delação premiada por acabar por incriminá-lo.
Dependendo do que entregar, a pergunta óbvia será: por que não fez nada?
A justiça poética já está feita. O super herói da Lava Jato apedrejado pela súcia que o exaltava.
Para a lição ser completa, poderia ficar preso lá mesmo. Quem sabe num futuro próximo?
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