Assaltantes usaram tática de guerra para roubar bancos na cidade onde o ex-presidente FHC é dono de fazendas

Atualizado em 30 de julho de 2020 às 8:03

As imagens acima, do jornal Acontece Botucatu, mostram um batalhão de elite da PM durante o intenso tiroteio em Botucatu, cidade média no do Estado de São Paulo que fica a 230 quilômetros da capital, onde o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu amigo, Jovelino Mineiro, têm fazendas de cana, sobretudo para a produção de etanol.

A atividade rural, no entanto, não tem relação com a violência que começou no fim da noite de ontem e avançou madrugada adentro.

A ação da polícia ainda não terminou nesta manhã, porque nenhum assaltante foi preso, e muitos invadiram residências, onde moradores foram feitos reféns.

Chamaram a atenção a ousadia dos assaltantes e o grande número de pessoas envolvidas. Alguns relatos dão conta de que seriam pelo menos 40.

Eles atiraram no Batalhão da PM e colocaram fogo em um carro, para dificultar a saída de viaturas. Também queimaram um caminhão na rodovia Marechal Rondon, uma das que dão acesso à cidade, para dificultar a chegada de reforço policial.

Foi uma ação coordenada típica de guerra.

Não é a primeira vez que quadrilhas de assaltantes a banco levam terror a cidades do interior do Estado, mas em nenhuma ação anterior houve invasão de residências.

Uma moradora de Botucatu disse ao DCM que não saiu de casa esta manhã, atendendo a comunicado da prefeitura na rede social.

A administração da cidade se comprometeu a manter os moradores informados e até agora só há esse comunicado para que as pessoas permaneçam em suas residências.

Feridos, dois policiais foram levados a um hospital, e não correm risco de morte.

São Paulo tem uma facção criminosa que controla o tráfico de drogas no Estado, o PCC, mas nos últimos meses o que se observa é que há também uma ação organizada destinada a assaltar bancos, sobretudo no interior do Estado, conhecido por sua força econômica.

A imagem abaixo seria de ladrões invadindo uma casa na cidade.

 

 

 

Joaquim de Carvalho
Jornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquimgilfilho@gmail.com