Assessor liga Bolsonaro e ministro a caixa 2: por isso Marcelo Álvaro é o “laranja imexível”? Por Fernando Brito

Atualizado em 6 de outubro de 2019 às 6:44
Marcelo Álvaro Antônio e Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR

Publicado no Tijolaço

POR FERNANDO BRITO

Não havia, ontem, razões visíveis para que Jair Bolsonaro mantivesse como “imexível” seu Ministro do Turismo depois que este foi indiciado pela Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público por desvio de verbas eleitorais na eleições passadas.

Marcelo Álvaro Antonio não era, afinal, figura de proa na política e menos ainda no bolsonarismo militante.

Por muito menos, aliás, Bolsonaro porta-se com desprezo em relação a figuras com muito mais poder e potencial eleitoral, como o já defenestrado Alexandre Frota e a ambiciosa Joice Hasselmann.

A manchete da Folha de hoje mostra que há possibilidades de que as razões de sua permanência sejam, talvez, invisíveis a quem não conhece os intestinos das finanças da campanha bolsonariana que, aliás, já custaram o ministério da Gustavo Bebianno.

O depoimento de um assessor – negado após a chegada de uma “força tarefa” advocatícia e uma planilha apreendida pela PF seriam, segundo informa a Folha, os traços de ligação que conduziriam o laranjal do Ministro a uma “rachadinha” de recursos com a campanha do próprio presidente.

Rachadinha não é fruta propriamente estranha no pomar bolsonarista, não é?