Assessor que desviou joias tentou colocar ursinho de pelúcia em acervo de Bolsonaro

Atualizado em 12 de agosto de 2023 às 14:45
Ursinho da Black Entertainment e rolex vendido nos EUA. Foto: Reprodução

Um assessor de Jair Bolsonaro (PL), alvo de mandados de busca e apreensão pelo suposto desvio de presentes presidenciais, tentou cadastrar um urso de pelúcia no acervo do então mandatário, segundo a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.

Para incluir o presente no arquivo de Bolsonaro, o tenente Osmar Crivelatti enviou um e-mail ao departamento de marketing da empresa catarinense Black Entertainment, no dia 25 de abril do ano passado.

No texto, ele se apresentou como ajudante de ordens e disse que esteve com o então presidente na ExpoLondrina, onde ele recebeu um urso de pelúcia da empresa.

“Eu tenho que seguir um protocolo e registrar os presentes recebidos pelo Presidente. Para isso, preciso de alguns dados de quem presenteou”, escreveu.

“Já tentei contato pelo Messenger, mas não tive uma recepção muito amigável. Inclusive, creio que fui bloqueado. No fim das contas, se não receber resposta dos senhores (as), tratarei o presente como se fosse de algum popular e não restará registro de sua pessoa/empresa”, acrescentou.

Em resposta, a empresa disse: “O presente (Urso de Pelúcia) foi entregue ao presidente por uma de nossas diretoras”.

Crivelatti é suspeito de cometer os crimes de peculato e lavagem de dinheiro ao participar do esquema para dadas de presente a Bolsonaro por governos de outros países durante sua gestão.

O assessor do ex-presidente também teria atuado para ocultar e comercializar presentes de alto valor no exterior. Ele era o braço-direito de Mauro Cid na ajudância de ordens da Presidência.

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