Ataque na Cisjordânia: Israel é acusado de matar 7 civis palestinos

Atualizado em 18 de janeiro de 2024 às 21:12
Irmãos enterrados próximo da aldeia de al-Shuhada, a 10 km da cidade de Jenin. Foto: Reprodução

Israel está sendo acusado de ter atacado um grupo de civis palestinos sem vínculos com grupos armados e sem representar ameaça às forças israelenses, segundo testemunhas na Cisjordânia ocupada.

Sete homens, sendo quatro irmãos, foram mortos em um ataque aéreo israelense em 7 de janeiro, enquanto estavam reunidos em torno de uma fogueira na aldeia de al-Shuhada, a 10 km da cidade de Jenin.

Familiares dos homens mortos, testemunhas e um paramédico forneceram evidências que indicam que os homens não eram membros de grupos militantes e que não havia confrontos com as forças israelenses no momento do ataque.

“Um deles usava chinelos e pijama”, disse o paramédico Khalid al-Ahmad à BBC. “Você não acha que alguém que queira resistir [à ocupação israelense] usaria pelo menos sapatos adequados?”, questionou.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) vincularam o araque a uma operação militar horas antes no campo de refugiados de Jenin, onde uma soldado foi morta. “Durante a operação, uma aeronave atingiu um esquadrão terrorista que lançou explosivos contra as forças que operavam na área”, disse um comunicado.

Entretanto, imagens das IDF e de uma câmera de circuito fechado de televisão próxima não mostram qualquer evidência de confrontos em al-Shuhada durante o ataque israelense.

Os quatros irmãos, Alaa, Hazza, Ahmad e Rami Darweesh, tinham entre 22 e 29 anos. Os homens eram emigrantes palestinos que haviam retornado da Jordânia alguns anos antes com a mãe e cinco irmãos. Com licenças israelenses, eles podiam entrar em Israel para trabalhar diariamente na agricultura.

Segundo a BBC, as licenças foram emitidas em setembro de 2023 e eram válidas por vários meses. As fronteiras com Israel estão fechadas aos trabalhadores palestinos desde os ataques do Hama em outubro.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link