Ataques em Gaza deixam 41 mortos, incluindo civis próximos a pontos de ajuda

Atualizado em 15 de junho de 2025 às 23:41
Palestinos rezam durante funeral de vítima morta próxima ao centro de distribuição em Rafah, no Hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza – Hatem Khaled/15.jun.25/Reuters

Ao menos 41 palestinos morreram neste domingo (15) em ataques aéreos e disparos atribuídos a Israel na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. Entre as vítimas, cinco estavam próximas a centros de distribuição de alimentos operados pela Fundação Humanitária de Gaza (FHG), organização apoiada pelos EUA. Com informações da Folha de S.Paulo.

No Hospital Al-Awda, médicos relataram três mortes e dezenas de feridos nas proximidades do corredor de Netzarim. Outros dois palestinos morreram a caminho de um ponto de ajuda em Rafah, no sul. Bombardeios também atingiram Beit Lahiya, matando sete pessoas, e uma casa no campo de Nuseirat, onde 11 morreram. Outras vítimas foram registradas em ataques no sul do território. O Exército de Israel não se pronunciou.

A FHG retomou neste domingo a entrega de alimentos, com mais de 2 milhões de refeições distribuídas. Apesar do relato de vítimas, a entidade afirmou que não houve incidentes. Já a ONU criticou o modelo de distribuição apoiado por Israel, chamando-o de perigoso e contrário aos princípios humanitários.

Segundo autoridades de Gaza, desde o início da operação da FHG, em maio, ao menos 300 pessoas morreram e mais de 2.600 ficaram feridas nas imediações desses pontos. “A ajuda sob bombardeio não é ajuda, é humilhação”, disse Munir al-Bursh, do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

O conflito teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel, matou 1.200 pessoas e sequestrou 251 reféns. Desde então, a ofensiva militar israelense já causou quase 55 mil mortes em Gaza, segundo autoridades locais, deixando o território devastado e milhões de pessoas deslocadas.