Ataques no Rio podem ter sido cortina de fumaça para fuga de miliciano Zinho

Atualizado em 25 de outubro de 2023 às 7:29
Luís Antônio Da Silva Braga, apelidado de Zinho. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está conduzindo uma investigação para determinar se a onda de ataques incendiários que resultou na destruição de 35 ônibus e um trem na Zona Oeste do Rio, na última segunda-feira (23), pode ter sido uma estratégia orquestrada pela milícia local.

A suspeita da corporação aponta para a possibilidade de que esses atos tenham sido planejados com o propósito de facilitar a fuga do líder da organização criminosa, conhecido como Zinho.

Luís Antônio Da Silva Braga, vulgo Zinho, estava na mesma região onde ocorreu uma operação policial que culminou com a morte de seu sobrinho Matheus da Silva Resende, conhecido como Faustão.

Mensagem capturada em um rádio apreendido em posse de Faustão continha um alerta para a necessidade de proteger alguém identificado internamente como “Zero,” que é justamente o codinome usado para Zinho pela milícia.

Matheus da Silva Resende, conhecido como Faustão. (Foto: Reprodução)

Após a morte de Faustão, a hierarquia da milícia estaria passando por reajustes, com Rui Paulo Gonçalves Estevão, também conhecido como Pipito, emergindo como um possível sucessor.

Pipito, que já havia sido detido em 2018, entrou nas fileiras da milícia em 2017 e assumiu a liderança na comunidade de Antares, situada em Santa Cruz – vale ressaltar que a região desempenha um papel estratégico na atuação da milícia, uma vez que antes era controlada pelo tráfico de drogas.

Morte de Ecko

Após a morte de Ecko, o ex-líder da milícia, no ano passado, surgiram disputas internas no seio do grupo, juntamente com confrontos com outras milícias e organizações criminosas na região. Pipito, que conta com um histórico que inclui duas prisões decretadas, foi temporariamente liberado em 2020, mas agora enfrenta acusações relacionadas a um homicídio.

Caos no Rio

Os ataques incendiários que assolaram a Zona Oeste do Rio, logo após a morte de Faustão, são atribuídos a Pipito. Esses incidentes desencadearam um dia de pânico na região, resultando na queima de diversos ônibus e de um trem. Os veículos afetados incluíram coletivos municipais, ônibus de trânsito rápido (BRT) e veículos de turismo e fretamento, levando ao bloqueio de diversas vias em diversos bairros da área, impactando diretamente mais de um milhão de moradores.

Os episódios desencadearam cenas de pânico, com passageiros forçados a abandonar precipitadamente os ônibus antes que estes fossem consumidos pelas chamas.

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