Até a revista Veja, um dos veículos que mais haviam investido na candidatura de Sergio Moro (União Brasil) para a Presidência da República, rifou o ex-juiz da Lava Jato. A nova edição da publicação, que será divulgada no dia 18 de maio, traz uma matéria da jornalista Laryssa Borges dizendo que Moro “encolheu” e “luta para não virar pó”.
“Em novembro, Moro se filiou com pompa ao Podemos. O que ninguém imaginava é que, desse ponto em diante, ele entraria num inimaginável processo de miniaturização”, diz a reportagem, após traçar toda a trajetória do ex-ministro da Justiça.
Segundo a jornalista, o ex-juiz “descobriu na prática” que a política não é para amadores, lembrando as dificuldades que ele encontrou ao chegar ao Podemos, onde “acumulou uma sucessão de rasteiras” que o levaram a deixar o partido menos de cinco meses após sua filiação.
Sergio Moro é criticado na matéria por ter ido ao União Brasil, em que não tem protagonismo nenhum e não poderá disputar o Palácio do Planalto. “No Podemos, um nanico que tem apenas oito deputados no Congresso, Moro ainda era um gigante. No União, que tem setenta congressistas e caciques regionais de vários calibres, ele é apenas mais um”.
A Veja destaca ainda que o ex-ministro é “ex” em tudo. “Escanteado pela classe política, o ex-presidenciável, ex-ministro e ex-juiz vai diminuindo em várias direções. Ao contrário do que imaginava, seu nome não contagiou a classe média brasileira”, escreve Laryssa Borges.
Para concluir, a reportagem é pessimista ao desenhar o futuro de Moro, dizendo que a tendência após todos os seus vexames é o “fracasso”. “O fato é que, depois de todas essas idas e vindas, Moro se apequenou — e a ousada aventura política na qual ele apostou todas as suas fichas pode acabar num monumental fracasso”, arremata.