Até Janaína, “fraquejada” de Bolsonaro, ameaça dar-lhe um chute. Por Carlos Fernandes

Atualizado em 23 de julho de 2018 às 10:28
Dupla

Após desprezados os convites dirigidos a um farsante cristão e a um dito viril general de verde-oliva, o candidato Jair Bolsonaro ouviu poucas e boas da pomba gira Janaína Paschoal. Com todo o respeito, claro, às pombas giras, entidades de extrema representatividade da Umbanda e demais religiões de matrizes africanas.

Agora cotada a vice do ex-capitão, Jana falou em plena convenção do PSL que o convite ainda não está definitivamente aceito. Segundo ela, “pormenores” ainda precisam ser “aprofundados”.

Chego a me perguntar a que profundidade atinge personagens com tamanha superficialidade.

Com um discurso sem pé nem cabeça – como sempre, por sinal – a mulher eternamente preocupada com a “invasão militar venezuelana ao Brasil” disse que não foi à convenção para ser declarada vice. Veio para “somar”, afirmou.

Alguém precisa avisar a essa mulher que o resultado da soma de dois números negativos é algo ainda mais distante de zero.

Enfadados com a retórica da criatura, nem os bolsominions de plantão se viram encorajados a gritarem o seu “evoluidíssimo” mantra: “Bolsomito”.

A plateia que até então estava animada, viu a triste realidade da parceria se abater sobre eles.

Apesar de noção de ridículo ser artigo raro numa convenção política como essa, as paradas estratégicas da “professora” reprovada com louvar à uma vaga na USP sobressaíram à média local.

Constrangidíssima com o fato dos adoradores do Bolso não estarem estendendo bulhufas do que dizia, volta e meia se via obrigada a parar e questionar: “estão compreendendo? ”

Justiça seja feita aos minions. Quem em sã consciência compreenderia?

Seja como for, a saga do “machão” que, por falta de opção, se vê obrigado a aceitar como companheira de chapa o que ele mesmo definiria como uma “fraquejada”, é algo a entrar no dicionário universal das anedotas políticas.

Jair Bolsonaro, por ele mesmo, confirma ser uma completa aberração política, mas as suas companhias mostram que no fundo do poço há sempre um alçapão em que “Janaínas Paschoais” costumam se esconder.