
O ativista brasileiro Thiago Ávila (38), preso no início da semana em Israel enquanto levava ajuda humanitária a Gaza em um barco, foi levado para a solitária, cela individual e isolada de qualquer contato humano. A família dele foi informada por sua advogada na manhã desta quarta (11).
Luana Ávila, policial civil e irmã de Thiago, afirmou que agentes israelenses ameaçaram prendê-lo por uma semana na solitária por se recusar a assinar o documento para deportação. O ativista ainda anunciou greve de fome.
“Thiago entrou em greve de fome e sede para pressionar pela sua liberação. Não sabemos também se há receio dele sobre a procedência dos alimentos”, afirmou ao Metrópoles. Luana relata que ele rejeitou assinar o documento com a autodeportação porque estaria assumindo culpa sobre entrar ilegalmente em Israel.
Ainda segundo sua irmã, a defesa de Thiago apontou a inexistência de delito durante seu julgamento e alegou que os passageiros do barco “estavam em águas internacionais com embarcação civil desarmada com autorização para navegar”.

O brasileiro foi detido na noite do último domingo (8), no horário de Brasília, enquanto estava a bordo do veleiro Madleen, operado pela Coalizão Flotilha da Liberdade (FFC, em inglês), com outros ativistas, como a sueca Greta Thunberg.
A embarcação foi interceptada por Israel, que prometeu deportar todos os passageiros para seus respectivos países de origem. Nesta quarta (11), a Justiça local determinou a expulsão de Thiago e seu retorno ao Brasil.
A FFC acusa o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de violar o direito internacional ao interceptar o veleiro.