Atletas e turistas reclamam de desorganização em Paris; veja o que deu errado

Atualizado em 26 de julho de 2024 às 23:57
Torre Eiffel, em Paris, com símbolo das Olimpíadas. Foto: Abdul Saboor/Reuters

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 começaram oficialmente nesta sexta-feira (26), mas já houve disputas esportivas desde quarta-feira (24). Além do espírito de competições e dos espetáculos na Cerimônia de Abertura, os atletas e turistas estão enfrentando verdadeiros perrengues causados pela falta de organização do evento, ameaças terroristas e até condições climáticas.

Antes de estrearem, os atletas do skate relataram algumas das principais dores de cabeça. Liderados pela adolescente Rayssa Leal, a equipe brasileira ficou mais de três horas esperando o ônibus que deveria buscá-los na pista onde treinaram e levá-los até a Vila Olímpica. Cansados de esperar, eles optaram por percorrer parte do caminho de volta sobre os skates e finalizaram a volta em um taxi pago pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Os translados são de responsabilidades dos Jogos Olímpicos, e não foram só os brasileiros que ficaram na mão. As delegações do Canadá, Estados Unidos e da própria França também percorreram parte do caminho de volta nos skates após o ônibus quebrar no meio do caminho. Atletas em geral estão reclamando dos veículos de transporte pela falta de ventilação e ar-condicionado, uma vez que o verão europeu está levando a temperatura a mais 30° C nesses dias.

Outra queixa comum dos competidores é direcionada aos refeitórios da Vila Olímpica. Enquanto a culinária francesa é tida por muitos como a melhor do mundo, os atletas reclamam da falta de carnes e proteínas no cardápio. Enquanto isso, o COB montou um restaurante particular para auxiliar a alimentação dos brasileiros.

Por fim para que foi a Paris competir, a Vila Olímpica também não oferece a melhor estrutura para uma boa noite de sono. Pelo menos é disso que reclama as atletas de handebol da Suécia. Insatisfeitas, elas usaram o próprio dinheiro para comprarem colchões Ikea. “Não suportamos dormir mal”, disse Jamina Roberts, capitã do time sueco.

Quem viajou pelo turismo olímpico também precisa se preocupar com a segurança. O ex-jogador Zico teve uma mala de joias roubada nesta sexta-feira. O prejuízo estimado pelo ídolo do Flamengo é de R$ 3 milhões.

Já Thiago Almada, jogador de futebol argentino, recém-contratado pelo Botafogo, perdeu cerca de R$ 306 mil reais ao joias e relógio roubados na última terça-feira (23).

Mas, além dos prejuízos financeiros, o medo de atentados terroristas segue vivo na comunidade francesa, em especial durante um evento de tamanha magnitude. Desde quinta-feira (25), a França tem registrado uma série de ataques a sistemas de transporte, incluindo a evacuação e o fechamento do aeroporto franco-suíço de Basileia-Mulhouse por um alerta de bomba. A interrupção das atividades ocorre horas depois de incêndios criminosos em linhas de trens de alta velocidade.

O aeroporto fica a cerca de 500 quilômetros de Paris e foi evacuado “por razões de segurança”. A empresa que administra o local, a EuroAirport, afirmou que as operações de voo foram “temporariamente suspensas” e, segundo a agência de notícias AFP, especialistas em desarmamento de bombas foram vistos no Basileia-Mulhouse.

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