Ato golpista de 7 de setembro promete vaia histórica a Nunes e Marçal ovacionado

Atualizado em 3 de setembro de 2024 às 21:44
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), em close, sério, sem olhar para a câmera
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP) – Reprodução

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), confirmou sua presença no evento de 7 de Setembro organizado por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). A manifestação, que tem como objetivo principal pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, promete ser um palco de fortes emoções, mas o candidato à reeleição não deverá fazer discurso durante o evento.

Segundo a Folha de S.Paulo, a expectativa dos bolsonaristas é de que protesto não se limite apenas a pedir a saída do magistrado, mas também a defender sua prisão. Além disso, há uma previsão de que a multidão irá aplaudir o ex-coach e candidato a prefeito, Pablo Marçal (PRTB), enquanto uma vaia estrondosa pode ser dirigida a Nunes.

Mesmo sem discurso, a presença do atual prefeito não deverá impedir as manifestações contra ele, especialmente por parte dos eleitores que apoiam Marçal. De acordo com organizadores do protesto, a vaia prometida para o mdbista pode ser “histórica” e “colossal”.

Pablo Marçal (PRTB) sorrindo, agachado, com livro na mão, sem olhar para a câmera, apoiado em poltrona
Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo – Reprodução

No entanto, apoiadores de uma aliança entre bolsonaristas e o prefeito temem o impacto negativo que essa situação poderá ter na campanha eleitoral. Alguns aliados de Ricardo Nunes ainda esperam que ele desista de comparecer ao evento.

A possibilidade de uma vaia continua sendo alta, mesmo que Pablo Marçal não compareça ao ato. O ex-coach ainda não confirmou sua presença, apesar de Bolsonaro ter declarado em vídeo que todos os candidatos a prefeito seriam bem-vindos em seu palanque.

O político do PRTB estaria avaliando cuidadosamente a conveniência de participar de um evento que promete intensos ataques ao ministro Alexandre de Moraes, especialmente considerando as ações judiciais em que ele está envolvido em cortes superiores.