José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares, nasceu em 1 de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro. Foi humorista, apresentador de televisão, escritor, diretor e ator.
Foi o único filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Pereira Leal. Pelo lado materno, foi bisneto do conselheiro Filipe José Pereira Leal, diplomata e político que, no Brasil Imperial, foi governador do Estado do Espírito Santo. Por parte de seu pai, foi sobrinho-bisneto de Francisco Camilo de Holanda, ex-governador da Paraíba.
Jô queria ser diplomata quando criança. Estudou no Colégio de São Bento, no Rio de Janeiro; no Colégio São José, em Petrópolis; e em Lausana, na Suíça, no Lycée Jaccard, com este objetivo. Porém, percebeu que o senso de humor apurado e a criatividade inata apontavam para outra direção.
Jô trabalhou nas emissoras Continental, TV Rio, Tupi, Excelsior, Record, SBT e na Globo. Sua carreira como apresentador começou no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) com o programa “Jô Soares Onze e Meia”, que foi ao ar entre 1988 e 1999. Em 2000, o humorista iniciou aquele que se tornou seu programa mais famoso, o “Programa do Jô”, encerrado em 2016.
Sua estreia na televisão aconteceu em 1956, no elenco da Praça da Alegria, na época na RecordTV, onde ficou por 10 anos. Em 1965, Jô protagonizou a única novela de sua carreira, a comédia Ceará contra 007, a trama de maior audiência naquele ano no Brasil. Também na Record.
1967, em “Família Trapo”, roteirizava ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega e atuava como Gordon, o mordomo atrapalhado e descompensado. Último trabalho na Record.
No ano de 1971, “Faça Humor, Não Faça Guerra” foi primeiro humorístico da TV Globo a contar a com a participação do comediante. O programa em meio à Guerra Fria e ao conflito do Vietnã brincava com o slogan pacifista hippie “Make love, don’t make war” (Faça amor, não faça a guerra).
“Satiricom”, novo humorístico da TV Globo em 1973, com direção de Augusto César Vanucci, realizava roteiros com Max Nunes e Haroldo Barbosa. A atração satirizava o título do filme homônimo de Federico Fellini – “Satyricon”. Na promoção do programa, todavia, diziam que era a “sátira da comunicação” num mundo que tinha virado uma “aldeia global”, expressão que esteve na moda depois dos primeiros anos da TV via satélite.
1976, “Planeta dos Homens”, nova sátira com o cinema – desta vez, a série cinematográfica “O Planeta dos Macacos”, atuava com roteiros de Haroldo Barbosa.
Em 1981 o “Viva o Gordo”, com direção de Walter Lacet e Francisco Milani, foi o primeiro programa solo dele. Tinha roteiros de Armando Costa. Deu origem ao espetáculo do gênero “one man show” de Jô chamado “Viva o Gordo, Abaixo o Regime” (sátira explícita ao Golpe Militar de 1964 ainda vigente àquela época). As aberturas do programa brincavam com efeitos especiais usando técnica de inserção de imagens de Jô entre cenas famosas do cinema (como em “Cliente Morto Não Paga” e “Zelig”) ou “contracenando” com políticos nacionais e internacionais, como Orestes Quercia, Jânio Quadros, Ronald Reagan etc.
Em 1982 participou do “Chico Anysio Show”.
Em 1983 teve participação no musical infantil “Plunct, Plact, Zuuum” e comentarista no Jornal da Globo até 1987.
Em 1988, “Veja o Gordo”, estreiou no SBT com o mesmo estilo do “Viva o Gordo” da Rede Globo. Estréia nesse ano, ainda no SBT, o talk show “Jô Soares Onze e Meia” (1988–1999).
Nos anos 2000, foi trazido de volta para a Rede Globo, onde apresentou o Programa do Jô até 2016, e fez participação no especial de Natal do programa “Sai de Baixo” — episódio “No Natal a Gente Vem Te Mudar” (sátira ao título da peça de Naum Alves de Souza, “No Natal a Gente Vem Te Buscar”) como Papai Noel.
Em 2018 participou como comentarista do programa Debate Final, no Fox Sports, debatendo sobre a Copa do Mundo FIFA de 2018.
Veja mais algumas fotos da carreira de Jô: