Atrasado, Tarcísio cobra governo por providência contra a Enel que já havia sido tomada

Atualizado em 13 de outubro de 2024 às 0:27
Tarcísio, descontrolado, batendo o martelo durante leilão na B3, em março de 2023. Reprodução

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, contumaz defensor da privatização de empresas públicas e que recentemente atuou pela venda da Sabesp ao capital privado, aderiu de forma oportunista, neste sábado (12), às críticas à Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade de São Paulo.

O governador paulista aproveitou a ocasião para, cinicamente, cobrar providências do governo Lula, lembrando que a responsabilidade pela concessão “é federal”, envolvendo o Ministério de Minas e Energia e, principalmente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em uma postagem na rede social X, Tarcísio criticou a atuação da Enel e exigiu uma ação decisiva do governo federal para rescindir o contrato com a concessionária italiana.

“Mais uma vez, a Enel deixou os consumidores de São Paulo na mão. Se o Ministério de Minas e Energia e, principalmente, a Aneel respeitam o cidadão paulista, o processo de caducidade deve ser aberto imediatamente”, escreveu o governador. “O que não podemos permitir é que essa irresponsabilidade continue acontecendo no estado.”

Contudo, a providência sugerida pelo bolsonarista que ocupa o Palácio dos Bandeirantes já havia sido tomada. Horas antes de sua postagem no X, o deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), havia informado que, após um diálogo com o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, o órgão já havia acionado a Aneel para tomar medidas contra a empresa italiana que opera no fornecimento de energia na capital paulista.

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