
O ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, deve depor novamente à Polícia Federal (PF) na tarde desta segunda-feira (8). Ele está preso desde janeiro por suspeita de omissão nos atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.
No depoimento, Torres deve prestar esclarecimentos sobre a atuação da PRF no último pleito, principalmente no segundo turno. Há suspeita de que a corporação tenha agido para dificultar o acesso de eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às urnas, principalmente na região do Nordeste.

O atual ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que os dados apresentados pela PRF na ocasião apontam ao menos três “anomalias” na corporação durante as eleições de 2022: concentração de operações no Nordeste; mudanças no planejamento inicial; e uma determinação para que a PRF atuasse em conjunto com a PF no segundo turno.
O simpatizante do ex-mandatário iria depor à PF no dia 24 de abril. Entretanto, o depoimento, que deve ocorrer no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do DF, foi adiado para hoje a pedido da defesa de Torres, que alegou “piora” no estado de saúde dele.