Foto: Reprodução/G1
Um áudio revelado pela Folha de S.Paulo, nesta terça-feira (25), aponta que um integrante da campanha do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo, mandou um cinegrafista da Jovem Pan apagar imagens do tiroteio em Paraisópolis, na zona oeste de São Paulo, no último dia 17, que interrompeu a agenda do candidato e terminou com um suspeito morto.
O cinegrafista, que pediu para não ser identificado, fazia imagens da campanha de Tarcísio em um evento que inaugurou um polo universitário na favela quando o tiroteio teve início.
Ao final do confronto, os profissionais de imprensa foram levados em uma van da campanha a um prédio na zona sul usado pela equipe de Tarcísio. No local, o cinegrafista da Jovem Pan foi interrogado sobre o que ele havia filmado e recebeu a ordem para apagar as imagens.
“Você filmou os policiais atirando?”, questiona um integrante da campanha em áudio obtido pela Folha de S. Paulo. “Não, trocando tiro efetivamente, não. Tenho tiro da PM pra cima dos caras”, responde o profissional da emissora.
O integrante da campanha pergunta também se ele havia filmado as pessoas que estavam no local onde o evento com Tarcísio foi realizado. “Você tem que apagar”, diz o homem.
O tiroteio foi usado pelo candidato bolsonarista para inventar que ele havia sido alvo de um atentado. A Polícia Civil e o secretário de Segurança Pública de SP, no entanto, disseram que o ocorrido foi uma troca de tiros dentro da favela, a pelo menos 50 metros de onde estavam Tarcísio e sua equipe.
Ouça o áudio:
Ouça o áudio que Tarcísio quer esconder de você! pic.twitter.com/RDDwex9XCr
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) October 25, 2022