
A Polícia Federal criou um relatório complementar sobre a trama golpista contendo um áudio que detalha o plano para assassinar autoridades — como o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes — e reverter a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. O documento foi enviado ao Supremo nesta quarta (14).
Segundo o Blog da Daniela Lima no g1, o áudio estava no celular de Wladimir Soares, policial federal que integrava o grupo de aliados de Bolsonaro que participou da elaboração da trama golpista. O aparelho foi periciado após sua prisão, em novembro passado.
“[Wladimir Soares] admitiu, em mensagem de áudio, que integrava uma equipe de operações especiais, que estava pronta para defender o então presidente Jair Bolsonaro, com um poder de fogo elevado para, em suas próprias palavras, ’empurrar quem viesse à frente'”, diz o relatório.
Soares também integrava a equipe de segurança do Palácio do Planalto, repassando informações sobre a agenda de Lula aos golpistas após as eleições de 2022. O material foi enviado como um adendo ao STF por conta da gravidade do conteúdo e a Procuradoria-Geral da República (PGR) já está ciente das gravações.
?️Em áudio, policial disse poder matar para manter Bolsonaro no poder
?“Íamos matar meio mundo”, afirmou Wladimir Matos Soares, que está preso desde novembro de 2024 e integrava grupo de operações especiais
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— Poder360 (@Poder360) May 15, 2025
Em um áudio de 2 de janeiro de 2023, seis dias antes da invasão da Praça dos Três Poderes, ele afirmou que “estava preparado” para executar um plano que previa “prender o Alexandre Moraes”. “Nós fazíamos parte, fazíamos de uma equipe de operações especiais que estava pronta para defender o presidente armado, sabe, e com poder de fogo elevado”, diz o policial federal.
Nos conteúdos, Soares ainda diz que os golpistas iriam “matar meio mundo de gente” se o plano fosse concretizado, mas que Bolsonaro “deu para trás”. “Na véspera que a gente ia agir, o presidente foi traído dentro do Exército. Os generais foram lá e deram a última forma e disseram que não iam mais apoiar ele”, prosseguiu.
Soares faz parte do chamado “núcleo 3” da trama golpista junto de outras 11 pessoas. A denúncia da PGR contra eles será analisada pelo Supremo na semana que vem.
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