No último domingo (15), após o debate eleitoral de São Paulo, realizado pela TV Cultura, ser interrompido pela agressão de José Luiz Datena (PSDB) ao coach Pablo Marçal (PRTB), o bolsonarista manifestou o desejo de seguir no debate, conforme mostra um áudio obtido pela Folha, contrastando com a versão de que ele teria sofrido lesões graves.
Porém, após o tumulto, Marçal foi encaminhado ao hospital Sírio Libanês de ambulância. De acordo com o boletim médico, Marçal sofreu um “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações”.
Durante a confusão, o mediador do debate, Leão Serva, expulsou Datena e ofereceu a Marçal a opção de continuar. “Você quer continuar no programa”, perguntou Serva, ao que o influenciador respondeu que sim, mas com hesitação. A decisão de Datena de sair foi imposta por Serva, que declarou: “Eu não posso admitir um candidato que joga a cadeira”.
Marçal, depois de conversar com sua equipe, decidiu deixar o debate. Sua assessoria informou que ele estava com dores no tórax e enfrentando dificuldades para respirar.
Auxiliares também lamentaram a perda de visibilidade para o candidato do PRTB, que não possui tempo de propaganda eleitoral em rádio e TV. “Ele foi ofendido lá outras vezes sem ter o direito de se defender. Eu quero saber como é que a emissora vai nos ressarcir”, declarou Luma Vidal, assessora de Marçal.
Imagens do estúdio após o incidente mostram que Marçal seguiu em pé, provocando Datena. Posteriormente, ele foi levado de ambulância ao hospital, conforme indicado por sua equipe, que optou pelo transporte por ser mais confortável.
O candidato chegou ao Sírio-Libanês, segundo o hospital, com lesões no tórax e na mão direita, que foi imobilizada junto com o braço. Sua assessoria informou que ele teve uma “leve fissura” na costela.
Durante sua estadia no hospital, Marçal continuou ativo nas redes sociais, postando vídeos que mostravam seu deslocamento de ambulância ao som de sirenes.
Ele apareceu nas gravações usando uma pulseira verde, que, segundo os protocolos hospitalares, indica que seu estado de saúde foi classificado como de baixo risco.
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