O general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, se afastou de Jair Bolsonaro (PL) depois que seu filho foi preso. O clima entre ele e o grupo próximo do ex-presidente, segundo informações de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, é de tensão.

Lourena, que recentemente sofreu operação de busca e apreensão por ajudar a vender as joias que Bolsonaro recebeu de presente de autoridades estrangeiras durante sua gestão, sempre foi amigo próximo e fiel ao ex-chefe do Executivo.

O general, no entanto, há algumas semanas, começou a reclamar do fato de Cid estar preso desde maio, enquanto o ex-capitão e outros de seus auxiliares seguem em liberdade.

Para o general, as consequências dos erros da equipe do ex-mandatário recaíram quase que exclusivamente nos ombros de Mauro Cid, que por sua vez, é investigado pelo lançamento de dados fraudulentos no sistema no ministério da Saúde e por viabilizar a venda das joias de Bolsonaro nos EUA.

A tensão foi aumentando na medida em que a permanência do filho atrás das grades se prolonga. O general Mauro Cid acreditava que ele seria solto poucas horas depois de ser detido. O que acabou, no entanto, não acontecendo.

Não apenas o tenente permanece preso como o próprio general foi envolvido no escândalo sob a suspeita de ajudar na venda das joias e de guardar US$ 25 mil em dinheiro vivo para entregar posteriormente ao ex-presidente.

No entanto, há expectativas de que, após ter o nome estampado nas manchetes na condição de investigado, Lourena passe a entender que é melhor ficar próximo de Bolsonaro numa tentativa de tentar garantir certa “proteção”. Apesar do clima tenso, a possibilidade de uma delação premiada ainda parece distante.

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