Autor da “carta-renúncia” de Bolsonaro foi candidato a vereador pelo Novo e publicou textão no Facebook

Atualizado em 17 de maio de 2019 às 18:33
Paulo Portinho

O autor da “carta-renúncia” de Jair Bolsonaro se chama Paulo Portinho.

Portinho escreveu a patacoada em forma de textão no Facebook no último dia 11.

Ele diz o seguinte:

Agradeçamos a Bolsonaro, pois em menos de 5 meses provou de forma inequívoca que o Brasil só é governável se atender o interesse das corporações. Nunca será governável para atender ao interesse dos eleitores. Quaisquer eleitores.

Tenho certeza que esquerdistas não votaram em Dilma para Joaquim Levy ser indicado ministro. Foi o que aconteceu, pois precisavam manter o cadáver Brasil procriando. Sem controle do orçamento, as corporações morrem.

O Brasil está disfuncional. Como nunca antes. Bolsonaro não é culpado pela disfuncionalidade, pois não destruiu nada, aliás, até agora não fez nada de fato, não aprovou nada, só tentou e fracassou. Ele é só um óculos com grau certo, para vermos que o rei sempre esteve nu, e é horroroso.

Infelizmente o diagnóstico racional é claro: “Sell”.

O blablablá — comparado ao de Jânio Quadros, fruto de estupor alcoólico, que deu no que deu — foi distribuído por Bolsonaro em suas redes de WhatsApp.

O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, declarou ao site Poder360 não saber a quantas pessoas a peça foi enviada.

JB fez questão de vazar para Deus e o mundo.

A semana passada ele havia prometido um “tsunami”.

Portinho foi candidato a vereador no Rio de Janeiro pelo Partido Novo. 

Aos 45 anos, consta como tendo trabalhado no Instituto Nacional de Investidores – INI. Nasceu no Rio, mora em São Paulo.

Portinho tem um blog que anda meio desatualizado.

Por Que As Pessoas Acham Que O Nazismo É De Esquerda?, questiona ele num post.

Outro crava: “Leandro Karnal Sequestrou A Declaração Universal Dos Direitos Humanos”.

Em sua página, ele responde a uma moça que chamou o post de “péssimo”:

Depois que a gente escreve o texto não é mais nosso, é de quem lê e interpreta. Mas me sinto na obrigação de deixar registrado que a sua interpretação não está de acordo com o que eu entendo que quis escrever. Minha crítica não foi ao Bolsonaro, mas às corporações tais como foram descritas por Raymundo Faoro e Sergio Lazzarini. Bolsonaro, no meu texto, apenas permite que as corporações mostrem seus verdadeiros interesses.

Bolsonaro não vai renunciar.

O que existe é aquele mesmo sujeito sem noção espalhando fake news no zap para um bando de malucos.