O adolescente de 13 anos que atacou a Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia (SP), nesta segunda (27), praticou racismo contra outro estudante da unidade antes do atentado. Segundo um aluno que presenciou o crime de hoje, o autor do crime chamou um colega de “preto” e “macaco”.
Segundo o estudante, o assassino e a vítima da ofensa discutiram e tiveram um confronto físico, mas foram separados pela professora Elizabeth Tenreiro, morta a facadas pelo aluno.
“Estava todo mundo dentro da sala, ele e o menino começaram a brigar. O cara chamou o menino de ‘preto’, de ‘macaco’, o menino não gostou e partiu para cima dele, ele também não gostou. A Beth, a professora, separou”, contou o adolescente em entrevista.
Segundo o jovem, o assassino já havia anunciado o ataque “com um pessoal” da escola. A vítima da ofensa racista não foi à escola hoje. Veja:
“A covardia é a pior, a mais pesada, senão a mais degradante e vergonhosa carga que o ser humano pode carregar."
O covarde ataque a faca ocorrido agora há pouco na E.E. Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, tirou a vida de uma professora, deixando vários feridos. pic.twitter.com/1oQnC1zfDq
— Delegado Marcelo Freitas (@DelegadoFreitas) March 27, 2023
O adolescente invadiu a escola na manhã de hoje e esfaqueou quatro professores e dois alunos na escola. Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu às 7h20 e deixou uma pessoa morta, a professora de ciências Elizabeth Tenreiro.
As professoras feridas são Jane Gasperini, Rita de Cássia Reis e Ana Célia Rosa. Elas foram socorridas e levadas ao hospital, onde estão com um quadro de saúde estável. Os dois alunos também foram encaminhados para uma unidade de saúde, um deles está estável e o outro em estado de choque.