O aluno autor do ataque a tiros dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, sofria bullying por ser gay e teria avisado sobre o atentado há duas semanas, conforme alunos da unidade. A informação foi divulgada pelo Metrópoles.
Três alunas ficaram feridas e uma morreu após ataque. De acordo com informações da PM, o estudante, de 15 anos, do 1° ano do Ensino Médio, teria entrado na escola portando uma arma de fogo e efetuado disparos contra outros colegas.
Os estudantes, no entanto, afirmam que pelo menos quatro indivíduos estavam envolvidos no ataque e que todos eles eram alvos de bullying. De acordo com as informações iniciais da PM, um suspeito está foragido.
Segundo relatos dos alunos, os supostos autores do ataque incluem um estudante gay, que já foi detido, uma aluna lésbica e outros dois estudantes que eram considerados tímidos e excluídos. Essas características eram apontadas como motivos para o bullying que sofriam, de acordo com as testemunhas.
“Ele era muito zombado aqui na escola. Sofria bullying por causa de sua orientação sexual. Duas semanas atrás, ele havia alertado que cometeria este atentado. Ninguém acreditou”, afirmou uma aluna.
Uma vizinha do atirador também descreveu o bullying que o jovem sofria e informou que ele era frequentemente alvo de agressões na sala de aula.
Uma professora do primeiro ano do ensino médio também relatou que, logo após conseguir evacuar seus alunos da escola, teve acesso a um vídeo que mostrava o suspeito do ataque sendo vítima de violência física dentro da sala de aula.
“Era evidente que ele era vítima de bullying, com base nos vídeos. Pelo que me disseram, o ataque começou dentro da sala de aula onde ele estudava”, declarou a educadora.