A psicanalista Edina Esmeraldino, concedeu uma entrevista na qual disse que o responsável pelo ataque contra a creche “Cantinho Bom Pastor”, em Blumenau (SC), pela análise que fez através de fotos, não possui “formato de corpo” de psicopata.
“Nós fazemos essa análise pela foto. Eu não preciso conversar com a pessoa”, explicou Edina. “Pelo formato do corpo você consegue analisar e saber se essa pessoa tem tendência a ser um psicopata ou não”.
Ainda de acordo com a profissional, que se anuncia como escritora, hipnóloga clínica especialista em sexualidade e comportamento humano, “master” em neurolinguística, analista comportamental e analista corporal e de micro expressões faciais, o executor do massacre deveria ser “uma pessoa amorosa e carinhosa, das pessoas mais afáveis e amigáveis, no entanto, o ambiente transformou esse moço nesse monstro”.
A fala da psicanalista remete à teoria lombrosiana, pela qual defendia-se que haveria uma predisposição biológica do indivíduo à conduta antissocial e que esta seria reconhecida pelos traços faciais e a compleição corporal dos indivíduos. Essa tese é um dos suportes para o chamado “racismo científico”, pelo qual a crença pseudocientífica de que existem evidências empíricas que apoiam ou justificam o racismo (discriminação racial) ou a inferioridade ou superioridade racial.
Como se observa na descrição profissional de Edina, o “racismo científico” é apenas mais uma entre as pseudociências que ela cultiva.
Ela foi candidata a deputada estadual pelo Avante nas últimas eleições e obteve 1587 votos, não se elegendo.