Bahamas Club, prisão e “A Fazenda”: quem era Oscar Maroni, morto aos 74 anos

Atualizado em 31 de dezembro de 2025 às 11:45
Oscar Maroni algemado. Foto: Folhapress

O empresário Oscar Maroni, morto nesta quarta (31) aos 74 anos, ficou conhecido por excessos, reacionarismo político e exposição permanente. Dono do Bahamas Club, um prostíbulo de luxo, ele se tornou um dos personagens mais conhecidos da noite paulistana, sempre associado ao entretenimento adulto, a disputas judiciais e a declarações que buscavam provocar reação.

Nos últimos anos, vivia afastado da vida pública em razão do Alzheimer e estava internado em uma casa de repouso. Antes de ganhar notoriedade como empresário, Maroni teve uma formação distante dos holofotes. Graduou-se em Psicologia e manteve consultório próprio por cerca de cinco anos.

No início da vida profissional, chegou a trabalhar em um trailer de lanches enquanto estudava, período em que conheceu Marisa, com quem se casou e teve quatro filhos: Aritana, Aruã, Aratã e Acauã.

A virada definitiva ocorreu com a fundação do Bahamas Club, em Moema, que se tornou um dos estabelecimentos mais conhecidos do país no segmento adulto. O local foi alvo de interdições, investigações e acusações criminais ao longo dos anos.

Oscar Maroni no reality show “A Fazenda”. Foto: Reprodução

Em 2007, Maroni chegou a ser preso e acusado de exploração da prostituição e outros crimes, mas respondeu em liberdade e, anos depois, foi absolvido em decisões confirmadas pela Justiça e pelo STJ.

Outro episódio que envolveu o empresário foi a construção do Oscar’s Hotel, próximo ao Aeroporto de Congonhas. Após o acidente com o voo da TAM, o prédio teve o alvará cassado pela prefeitura. Maroni reagiu publicamente, acusou perseguição política e transformou o impasse técnico em confronto direto com o poder público.

Em 2014, ampliou sua exposição ao participar do reality show “A Fazenda”, da Record, e ser o primeiro eliminado da edição. A relação com a política também seguiu esse padrão: Maroni prometeu distribuir cerveja gratuitamente quando Lula fosse preso e exaltou figuras do Judiciário ligadas à Lava Jato.

Em 2018 prometeu cerveja grátis por um mês para comemorar a prisão de Lula.

Nos últimos anos, com o avanço do Alzheimer, a gestão de seus negócios passou aos filhos.

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.