Tornado obrigatório, em 15 de junho, nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), o exame de ecocardiograma fetal no protocolo de assistências às gestantes é aplicado, na Bahia, desde 2022. A Maternidade Maria da Conceição de Jesus, em Coutos, via Projeto Tum Tum, realizou o exame em mais de mil gestantes de todo o estado, gratuitamente.
O ecocardiograma fetal é uma espécie de ultrassom realizado através da parede abdominal da grávida e dirigido ao coração do feto em gestação. O procedimento é capaz de mostrar a estrutura do órgão e detectar má formação cardíaca e cardiopatias na gravidez e nos recém-nascidos. Com isso, é possível organizar a assistência, dando o encaminhamento necessário para as unidades de saúde em que o tratamento definitivo das patologias possa ocorrer, como cirurgias cardíacas.
O diagnóstico com antecedência ainda reduz custos com medicações de alto valor necessárias para os recém-nascidos no pré-operatório e, com o encaminhamento para unidades de referência em cirurgia, como os hospitais Ana Nery e Martagão Gesteira, acelera a liberação de leitos de UTI da MMCJ para bebês com outras patologias.
Nos últimos 10 meses, foram 1.023 ecocardiogramas fetais e 976 ecocardiogramas pediátricos, totalizando quase dois mil exames. Mais de 50 fetos tiveram patologias cardíacas detectadas. O ecocardiograma fetal é indicado para gestantes diabéticas, em idade mais avançada, que tenham antecedente familiar de patologias congênitas cardíacas e que já tenham tido um filho anterior com patologia congênita cardíaca também, além dos recém-nascidos com diagnóstico provável de cardiopatias.
Com informações da Ascom/Sesab