A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) vai presidir o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira dos Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A indicação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve o aval dos outros países membros para a entrada da petista no bloco.
O Banco dos Brics, como é conhecido, foi fundado em 2015. A sede fica em Xangai, na China, e por isso a ex-presidenta do Brasil vai morar no país asiático para comandar o bloco até 2025.
A insituição serve como uma espécie de resgate e investimento somente para os países que integram o bloco, com o financiamento de obras que contribuam para seu crescimento. O banco funciona como uma alternativa de crédito no lugar do Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Um dos objetivos do banco é fornecer financiamento para projetos de infraestrutura, além de prestar assistência aos demais países que sofrem com a volatilidade econômica após o fim da política monetária expansionista dos Estados Unidos.
Na época da criação do NDB, Dilma Rousseff, então presidente do Brasil, disse que a entidade foi fundada “para as necessidades de financiamento de infraestrutura nos países em desenvolvimento, compreendendo e compensando a insuficiência de crédito das principais instituições financeiras internacionais”.
Desde sua formação, 30 projetos já foram aprovados, com um montante em torno de US$ 8,1 bilhões de dólares, apenas nos países do Brics, entre os anos de 2016 e 2018. A maioria dos investimentos foi direcionada ao setor de transportes e 26% ao desenvolvimento de energias alternativas.
Em julho de 2020, O Senado aprovou a inauguração de um escritório regional nas Américas do NDB, com sede em São Paulo. A representação regional foi criada com o objetivo de elaborar projetos para o NDB financiar no Brasil e na região.