
A audiência do caso Banco Master registrou divergências entre a delegada da Polícia Federal Janaína Palazzo e o juiz auxiliar do ministro do STF Dias Toffoli, Carlos Vieira Von Adamek. Segundo relatos, houve discordância sobre a realização imediata de acareação. Após contato telefônico com o ministro, foi definido que os depoimentos seriam tomados antes. Com informações do UOL.
Na sequência, Adamek encaminhou uma lista de perguntas para ser feita a Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. A delegada afirmou que caberia à PF conduzir o depoimento, por ser responsável pela investigação. O juiz auxiliar voltou a falar com Toffoli, que determinou que as perguntas fossem apresentadas como de sua iniciativa.
Vorcaro prestou depoimento por quase três horas e depois participou de acareação com o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. O diretor do Banco Central, Ailton de Aquino Santos, foi dispensado dessa etapa por não ser investigado. A acareação buscou confrontar versões prestadas nas oitivas.

Os depoimentos ocorreram após mudança de orientação do relator no STF. Toffoli inicialmente havia determinado acareação direta entre Vorcaro, o ex-presidente do BRB e o diretor do BC. Na véspera, autorizou que os depoimentos individuais fossem colhidos antes, deixando a decisão sobre acareação a critério da PF.
No inquérito, a Polícia Federal apura suspeita de uso de empresa de fachada para criação de créditos. As investigações citam que o Banco Master teria recebido valores do BRB a partir de ativos apontados como inexistentes e distribuído produtos por canais do banco de Brasília. As apurações seguem em curso e não há conclusão judicial.
Daniel Vorcaro foi preso em novembro e solto dias depois. A detenção ocorreu no Aeroporto de Guarulhos, quando ele viajava para os Emirados Árabes Unidos. Após decisão judicial, ele deixou a prisão com medidas cautelares, incluindo uso de tornozeleira eletrônica.