
Originalmente publicado no Conjur
Bancos brasileiros estão consultando escritórios de advocacia dos Estados Unidos para entender o risco de sanções que podem sofrer com a nova política tarifária do presidente Donald Trump. As instituições financeiras temem a proibição de transações com bancos americanos, como operações de câmbio. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
A apreensão no setor financeiro aumentou depois que o governo dos Estados Unidos abriu uma investigação comercial contra o Brasil e incluiu o Pix como uma possível prática desleal do país no mercado de pagamentos eletrônicos.
Representantes do setor consideram impensável, porém, uma trava na Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Swift). Com sede administrativa na Bélgica, o Swift é um sistema de mensagens bancárias internacionais que permite a troca segura de informações e instruções de pagamento entre instituições financeiras de todo o mundo. Cada banco participante possui um código Swift único, também chamado de código BIC, que identifica a instituição na rede.
O foco das consultas jurídicas é entender os desdobramentos para o setor se uma crise atingir a área financeira. Outra dúvida é como lidar com casos em que autoridades e seus familiares perdem o visto de entrada nos Estados Unidos e são proibidos de ter relação bancária no mercado americano.
Nesta segunda-feira (21/7), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo está elaborando planos de contingência para lidar com os diversos cenários possíveis caso Trump cumpra a ameaça de taxar em 50% os produtos importados do Brasil a partir de 1º de agosto.
